Técnico do Flamengo desde junho, Dorival Júnior precisou de pouco tempo para provar ser possível atuar com Gabriel Barbosa, o Gabigol, e Pedro como titulares. Contudo, em entrevista ao "A Rodada", o treinador foi além, afirmando que, caso Bruno Henrique não tivesse se lesionado, poderia, sim, escalar o trio de ataque no Rubro-Negro.
O treinador revelou que teve uma conversa com o centroavante Pedro assim que chegou ao clube, em junho, e o atacante deu a resposta.
- Desde que vim para cá, vim com isso na cabeça. Tive uma reunião particular com o Pedro. Se ele tivesse em qualquer equipe do Brasil estaria brigando por um lugar na Seleção, então porque não fazer isso no Flamengo, uma equipe que estava ambientado, conhecia todos, todos gostavam e queriam seu bem. Ele (Pedro) me disse que não estava tendo oportunidades, e eu disse que ele teria. Que ele se preparasse, ele melhorou a capacidade de treinamento, intensidade, a participação nos vestiários, melhorou no todo. Tá solto, alegre feliz e contribuindo muito para nossa equipe - disse Dorival, seguindo:
- Dizem: "Colocou o Pedro porque saiu o Bruno Henrique". Se enganam, no Santos eu jogava com Gabriel, Ricardo Oliveira e Geuvânio, ou Marquinho Gabriel. Por que não jogaria com Bruno, Pedro e Gabriel em alguns momentos? Encontramos uma bela formação no momento, mas o Pedro, na minha cabeça, sempre foi jogador para ser olhado com muito carinho por todas equipes, principalmente pela que detém os seus direitos - completou Dorival.
Além disso, Dorival Júnior afirmou que torce para que Tite encontre espaço para Gabi e Pedro na convocação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo.
- O Tite conhece muito bem os dois. São jogadores que se completam, podem estar próximos, podem jogar em várias funções dentro de uma formação. Não tenho dúvidas que estão, sim, observados. O Tite tem vários nomes, mas minha torcida é que eles tenham um espaço, pois são jogadores muito interessantes e decisivos que podem contribuir muito com nossa Seleção.
Confira outras respostas do técnico Dorival Júnior ao "A Rodada":
Críticas pela escalação do "time B" contra o Palmeiras
De maneira natural, primeiro porque não há o conhecimento total do que se passa no dia a dia. A crítica é fácil de ser feita, entendo e assimilo de maneira tranquila.
Confio na equipe que coloco em campo e que treino. Vou colocar em campo aqueles que estiverem melhores condicionados, trabalhados e em condições de dar boas respostas. Talvez, a equipe que empatou com o Palmeiras tivesse que ter um reconhecimento maior do que o fato em si. Neutralizar em boa parte do jogo o líder do Brasileirão e que luta por uma vaga na final da Libertadores. Não é um adversário qualquer, e a equipe criou muitas dificuldades ao Palmeiras.
Possibilidade de dirigir a Seleção Brasileira
Todo profissional no mundo quer chegar ao seu limite, em qualquer área de atuação. Não seria diferente com todos que trabalham no futebol brasileiro. Em segundo, temos que aguardar a Copa, se Deus quiser o Brasil é campeão, de repente o Tite pode repensar essa posição, um profissional de altíssimo nível, preparado que não deve nada a nenhum profissional de fora. Tenho um carinho muito grande pois foi meu companheiro de Guarani.
Muito delicado falar sobre hipótese. Tenho um contrato com o Flamengo e será cumprido até o último dia. Não pude fazê-lo com o Ceará e sinto muito por isso, não indico isso a ninguém, que faça o que fiz, foi a primeira vez que fiz na carreira. Tomei por um sentimento, uma coisa do coração, por isso abri mão e vim para o Flamengo, agradecido pelo convite, para estar a frente.
Do Portal Terra