Muito
se alardeou
sobre os R$ 156 milhões de déficit que o São Paulo apresentou em seu balanço
financeiro de 2019. Um desempenho aquém do esperado dentro de campo,
além do clube não ter realizado grandes vendas, acenderam o alerta vermelho na
torcida do Tricolor.
Nesta
quinta-feira (30), no entanto, o clube do Morumbi divulgou as explicações para
o déficit. Se a razão apresentada não acalmou a torcida, serviu para
trazer provas de que a situação financeira do São Paulo não
é tão desesperadora quanto aparenta ser. E não foram as chegadas de Daniel
Alves e Alexandre Pato que causaram os maiores rombos no orçamento.
Dos
R$ 156 milhões de déficit, mais da metade deste valor, que fez parte do balanço
de 2019, na verdade corresponde a dívidas antigas, não pagas por outras
diretorias. Como o clube conseguiu chegar a acordos para começar a quitar esses
valores, eles foram inclusos no orçamento desta última temporada.
Três dessas grandes dívidas totalizam
R$ 88 milhões. São elas:
- Um acordo para finalmente
quitar dívidas decorrentes da contratação de Ricardinho,
realizada em 2003, cujo valor é de R$ 25 milhões.
- Pendências judiciais de diretos de arena com
18 ex-jogadores, que atuaram pelo clube de 2005 a 2010, cujo valor é de R$
37 milhões.
- Pagamento de custos operacionais referentes a
serviços prestados pela CET de 2006 a 2018, cujo valor também é de R$ 25
milhões.
Sem essas três dívidas, que só serão abatidas nos próximos anos, os R$
156 milhões se transformam num déficit de R$ 67,2 milhões. Número alto e
assustador, mas explicado pelo clube
ter escolhido segurar Antony, até o final do ano, ao invés de o ter vendido no meio da
temporada.
No meio
de 2019, o São Paulo teve uma proposta de R$ 85 milhões para abrir mão do
garoto, mas escolheu o manter no elenco. Junto com a ausência de receitas
previstas no orçamento da equipe, como jogos da Libertadores e uma premiação
melhor na Copa do Brasil,
explica o rombo nas finanças do Tricolor neste última temporada.
O
que é preocupante é que o balanço divulgado expõe uma triste verdade: hoje, o
clube do Morumbi depende de vender seus jovens jogadores para conseguir
terminar o ano no azul. Mesmo tendo recebido quase R$ 100 milhões em vendas em
2019, era preciso abrir mão de Antony não ter prejuízo no ano. Isso após vender
Morato e Tuta, duas promessas de Cotia, para a Europa.
Para 2020, além de não ter o ônus das dívidas antigas fazendo parte do balanço,
o clube já vendeu Antony para o Ajax, mas admite que não
conseguirá terminar o ano sem realizar outra grande venda. Com uma folha salarial recheada de jogadores caros como
Daniel Alves e Alexandre Pato, tudo leva a crer que o São Paulo terá que
revelar outras promessas nos próximos anos para não ficar no vermelho.
Do Portal Goal
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