O Brasil demonstrou à Fifa o interesse em sediar a próxima edição da Copa do Mundo de Clubes, prevista para 2029. O comunicado foi feito pessoalmente por Samir Xaud, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ao presidente da entidade máxima do futebol, Gianni Infantino, e ao secretário-geral Mattias Grafström, durante a Cúpula Executiva da Fifa, realizada nesta sexta-feira (20) em Miami, nos Estados Unidos.
A conversa ocorreu em meio à boa fase dos clubes brasileiros na atual edição da competição, realizada nos EUA como evento-teste para a Copa do Mundo de seleções de 2026. A CBF avalia que a empolgação da torcida, os resultados esportivos e a audiência expressiva no Brasil fortalecem a candidatura.
Ainda não há uma formalização oficial, mas a federação já considera o movimento como manifestação de vontade formal. Além de Xaud, o Brasil foi representado na reunião em Miami pelo vice-presidente Gustavo Dias Henrique. A entidade nacional publicou fotos do encontro nas redes sociais e destacou que o momento serviu para "fortalecer a colaboração entre as federações".
Caso o Brasil seja escolhido, o torneio poderá utilizar parte da estrutura já prevista para a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será realizada no país. A edição de 2029 terá 32 equipes, conforme o formato atual, e, como sede, o Brasil ganharia uma vaga extra, provavelmente destinada ao campeão do Brasileirão de 2028. Os vencedores da Libertadores de 2025 a 2028 também estarão classificados, além de dois clubes por ranking.
Disputa e concorrência
O principal concorrente na disputa pela sede é a Austrália, que também já manifestou interesse no torneio. A federação australiana vem apostando na sequência de grandes eventos — o país foi sede da Copa do Mundo Feminina em 2023 e receberá a Copa Asiática em 2026.
Marrocos, uma das sedes da Copa do Mundo de 2030, também apareceu como possível anfitrião. Em março, o presidente da federação marroquina, Fouzi Lekjaa, chegou a sugerir que o torneio de clubes poderia ser dividido entre Marrocos, Espanha e Portugal.
A Fifa, no entanto, não estipulou uma exigência para que a sede do Mundial de Clubes coincida com a do torneio de seleções do ano seguinte. Segundo a publicação The Athletic, há inclusive a possibilidade de uma nova edição nos EUA, como forma de manter o engajamento comercial local e os patrocinadores mobilizados.
Do Portal Terra
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