Daniel Alves disse em entrevista ao canal do ex-jogador Zico no Youtube que avisou à diretoria do São Paulo que usá-lo na lateral direita seria uma loucura. O bom rendimento do camisa 10 como segundo volante em 2020 encerrou a discussão, mas ela era grande nos primeiros meses dele no clube, quando o técnico era Cuca.
- Eu falei para o clube: "Cara, se vocês me colocarem de lateral-direito em um time que não está acostumado a jogar coletivamente vocês estão cometendo uma loucura com vocês mesmos". Como que você faz um investimento em um jogador que pode ajudar a sua equipe a ser muito melhor, muito mais equilibrada, gerar muito mais jogo, muito mais ocasiões de gol, e o coloca pegado a uma partezinha do campo? Você começa a duvidar do que você tinha na mente? Você duvidou, meu irmão, você já vai fazer besteira. Se você duvidou de como vai fazer para conquistar seus objetivos, apaga e vamos todo mundo para casa - disse.
Daniel chegou ao São Paulo para jogar no meio, tanto que o clube contratou o espanhol Juanfran quase simultaneamente para preencher a lateral. Após algumas partidas sem muito brilho no início de sua trajetória, Cuca passou a escalá-lo também como lateral em algumas partidas.
- Fiquei muito tempo lá fora, você cria uma mentalidade de um futebol um pouco mais evoluído em termos gerais. Eu vim aqui para o Brasil e, como todo ser humano, precisei de adaptação. Aos companheiros, à filosofia, ao sistema... Eu fui contratado porque falaram que queriam que eu viesse jogar no meio de campo, eu já estava jogando no meio no PSG, e eu não tenho mais desafio, porque eu confio no meu trabalho, confio na minha entrega, só que para desconfiar estão aí os de fora. Os que estão dentro têm que confiar, porque foi para isso que eles me contrataram. Eu não acredito que no período que eu cheguei eu estivesse desentonando. Acredito que outras circunstâncias estavam desentonando, e não era eu. Só que eu tinha sido o cara contratado, estavam quase exigindo que eu pegasse a bola, batesse o tiro de meta para mim mesmo, driblasse todo mundo, chegasse debaixo do goleiro dos caras e fizesse o gol. Cara, desculpa, mas isso é equivocado, eu sou um jogador de otimizar quem eu tenho do lado, de servir, construir, armar - continuou Daniel.
- Fiquei muito tempo lá fora, você cria uma mentalidade de um futebol um pouco mais evoluído em termos gerais. Eu vim aqui para o Brasil e, como todo ser humano, precisei de adaptação. Aos companheiros, à filosofia, ao sistema... Eu fui contratado porque falaram que queriam que eu viesse jogar no meio de campo, eu já estava jogando no meio no PSG, e eu não tenho mais desafio, porque eu confio no meu trabalho, confio na minha entrega, só que para desconfiar estão aí os de fora. Os que estão dentro têm que confiar, porque foi para isso que eles me contrataram. Eu não acredito que no período que eu cheguei eu estivesse desentonando. Acredito que outras circunstâncias estavam desentonando, e não era eu. Só que eu tinha sido o cara contratado, estavam quase exigindo que eu pegasse a bola, batesse o tiro de meta para mim mesmo, driblasse todo mundo, chegasse debaixo do goleiro dos caras e fizesse o gol. Cara, desculpa, mas isso é equivocado, eu sou um jogador de otimizar quem eu tenho do lado, de servir, construir, armar - continuou Daniel.
No papo com Zico, ele revelou até que ainda pensa em voltar para a Europa.
- Eu gosto de fazer história, então eu falei: "pô, já fiz um monte de coisa na Europa, vou realizar meu sonho e quem sabe voltar para a Europa". Tudo é possibilidade na vida do Good Crazy, cara (risos). Esses dias agora eu falei que gostava do Boca e já estão me colocando no Boca, mas nada a ver, eu vim realizar meu sonho no São Paulo.
- Eu gosto de fazer história, então eu falei: "pô, já fiz um monte de coisa na Europa, vou realizar meu sonho e quem sabe voltar para a Europa". Tudo é possibilidade na vida do Good Crazy, cara (risos). Esses dias agora eu falei que gostava do Boca e já estão me colocando no Boca, mas nada a ver, eu vim realizar meu sonho no São Paulo.
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