A primeira convocação da nova técnica da seleção feminina da Espanha, Montse Tomé, gerou insatisfação em algumas jogadoras - presentes na lista - por terem expressado publicamente o desejo de não fazer parte dessa lista. Nesta segunda-feira, atletas campeãs do mundo pela equipe, como Alexia Putellas, postaram um comunicado enfatizando a decisão.
"O que foi expressado em nosso comunicado de 15 de setembro de 2023 deixa claro e sem nenhuma opção de outra interpretação nossa firme vontade de não ser convocadas por motivos justificados. Essas declarações segue plenamente vigentes", diz parte do comunicado publicado pelas jogadoras.
Na sexta-feira, 39 jogadoras assinaram um comunicado no qual afirmavam que não retornariam à seleção por considerarem que as mudanças realizadas na Federação Espanhola de Futebol (RFEF) não são suficientes para que voltem, após a polêmica do beijo não consentido de Luis Rubiales, então presidente da RFEF, em Jenni Hermoso, após o título da Copa do Mundo.
Tomé, em sua primeira lista, convocou 23 jogadoras para o duelo de estreia da Liga das Nações feminina, que acontece nesta sexta-feira, contra Suécia. Dessas, 20 delas assinaram o comunicado a última sexta. São elas: Aitana Bonmatí, Alexia Putellas, Catallina Coll, Enith Salón, Esther González, Irene Paredes, Irene Guerrero, Maria Pérez, Maria Isabel Rodriguez, Oihane Hernández, Ona Batlle, Olga Carmona, Teresa Abelleira, Inma Gabarro, Eva Navarro, Patri Guijarro, María León, Amaiur Sarriegi, Laia Alexsandri e Lucía García.
"Nos parece relevante salientar, nesse sentido, que a convocação não foi realizada em tempo hábil, nos termos do Art. 3.2 do Anexo I do Regulamento sobre Estatuto e Transferência de Jogadores FIFA, portanto entendemos que a RFEF não está em condições de nos exigir que aceitemos a convocação. Lamentamos mais uma vez que a nossa Federação nos coloque numa situação que nunca desejamos", conclui a nota.
Confira o comunicado completo:
"As jogadoras da seleção principal feminina de futebol querem manifestar, na sequência da convocação e depois da entrevista da nova treinadora da seleção principal, Montse Tomé, o seguinte:
O que foi expressado em nosso comunicado de 15 de setembro de 2023 deixa claro e sem nenhuma opção de outra interpretação nossa firme vontade de não ser convocadas por motivos justificados. Essas declarações segue plenamente vigentes.
Nos dias seguintes a essa declaração, queremos colocar em conhecimento público que nada de diferente foi transmitido a nenhum membro da RFEF, pelo que solicitamos expressamente que a informação transmitida publicamente seja rigorosa.
Nós, como jogadores profissionais de elite, e depois de tudo o que hoje aconteceu, estudaremos as possíveis consequências jurídicas a que a RFEF nos expõe, colocando-nos numa lista da qual havíamos pedido para não sermos convocadas por motivos já explicados publicamente e em mais detalhe à RFEF, e com ele tomar a melhor decisão para o nosso futuro e para a nossa saúde.
Nos parece relevante salientar, nesse sentido, que a convocação não foi realizada em tempo hábil, nos termos do Art. 3.2 do Anexo I do Regulamento sobre Estatuto e Transferência de Jogadores FIFA, portanto, entendemos que a RFEF não está em condições de nos exigir que aceitemos a convocação.
Lamentamos mais uma vez que a nossa Federação nos coloque numa situação que nunca desejamos".
Do Portal Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário