A NBA mal chegou ao seu final, mas o próximo capítulo é logo ali. O draft da liga acontecerá na próxima quinta-feira, dia 29, direto do Barclays Center em Brooklyn, Nova York. A sorte e o futuro dos times estará em jogo a partir das escolhas das próximas estrelas da NBA. O Detroit Pistons terá a honra de selecionar a pick 1 de 2021.
E ao que tudo indica não teremos grandes surpresas com essa escolha. Cade Cunningham, atleta de Oklahoma State, é pule de dez para ser o número 1 deste ano. Mesmo com alguns rumores de que Houston deseja subir até o topo e fazer do armador sua nova estrela, até aqui a aposta é que os Pistons começam mais um processo de reestruturação com o talentosíssimo jogador dos Cowboys.
A classe no geral gera um pouco de expectativa. Nomes como Evan Moble, Jalen Green e Jalen Suggs vêm com força. Além disso, é bom frisar que podemos ter dois atletas vindos da G League, a liga de desenvolvimento da NBA, saindo entre as cinco primeiras escolhas. Porém, o número 1 ainda seria um atleta vindo do college. Desde 2006, com Andrea Bargnani, não temos um atleta de fora da NCAA como opção 1.
Em todos os anos este exercício de futurologia é difícil. No mundo atual, torna-se ainda mais complicado. Lembre-se, o mock draft nada mais é do que uma aposta. Não vai ficar bravo com o editor aqui se a escolha não for do seu agrado… Vamos às apostas para a primeira rodada do Draft da NBA!
MOCK DRAFT NBA 2021: THE PLAYOFFS
1. Detroit Pistons: Cade Cunningham (PG/SG – Oklahoma State)
Sem grandes mistérios na escolha inicial. O telefone dos Pistons toca insistentemente, principalmente com Houston do outro lado da linha, mas caso o pagamento não seja exorbitante é muito provável que Cunningham confirme ser a primeira escolha do próximo draft. O jogador de Oklahoma State é daqueles que eleva o nível de qualquer time desde o primeiro minuto em quadra, mesmo sendo um rookie. Cade é um cara que conduzirá a bola, sabe defender e ainda traz uma mentalidade assassina a qualquer equipe. ÓTIMA escolha para Detroit que precisa de absolutamente tudo isso.
O sonho era subir para a 1 e ter Cunningham como novo nome e rosto da franquia, mas Houston não sai tão frustrado da noite de escolhas. Se Mobley não surpreender na 2, Green tem tudo para dar seus passos rumo ao estrelato pelos Rockets. Pontuador nato, o jogador se desenvolveu bem na G-League e melhorou principalmente sua defesa para poder chegar mais lapidado à liga. Mesmo com a melhora, a parte defensiva ainda deve trazer um pouco de dor de cabeça. Nada que minutos em quadra e experiência na NBA não sejam suficientes.
Mobley é um jogador raríssimo nesta seleção. Muito por sua incrível capacidade de se adaptar a várias funções no mesmo jogo. Além disso é versátil nos dois lados da quadra. Tem uma defensa em dia e um ótimo senso ofensivo, principalmente no garrafão. Numa liga que deseja cada vez mais que seus grandões sejam habilidosos, os Cavs podem ter tirado a sorte grande. Toronto e Orlando estão babando pela possiblidade de estar aqui e selecionar Mobley.
Caso não subam, os Raptors precisam começar a pensar no futuro. Suggs é um candidato forjado em Gonzaga que exala liderança para seus companheiros e pode aprender bastante atuando ao lado de Fred VanVleet. Kyle Lowry ainda não sabe o que quer da vida, então a opção por Suggs pode ser uma necessidade real. Muito forte, usa de todo o poder atlético para sobressair, mas precisa melhorar o seu chute de três pontos para ser uma escolha mais confiável desde o início.
Scottie Barnes tem atraído muitos olhares nas últimas semanas. O ótimo atleta de Florida State pode surpreender o mundo e surgir na quarta escolha, já que Toronto parece ter tido um bom trabalho com o jogador. Porém, com o futuro de Lowry incerto, acredito que o produto dos Seminoles chegue até Orlando. Daqui o Magic não deixará passar. Principalmente pela capacidade que o jogador tem para se tornar um defensor de elite na liga.
Kuminga pode cair nas próximas simulações, muito pelo crescimento de Barnes e Bouknight nos boards mundo a fora. Versátil, mas ainda cru, o ala vindo da G-League poderia encontrar no “reino encantado das escolhas de primeira rodada” um time perfeito para evoluir suas habilidades. O possível feat com Shai Gilgeous-Alexander pode tornar o ataque do Thunder extremamente poderoso e dinâmico.
A estrela do Pro Day foi Bouknight. Somado ainda a informações que dão conta que em treinos privados o atleta de Connecticut vem jogando ainda melhor, Golden State garante ainda mais profundidade e um ótimo auxílio para Stephen Curry ao selecionar o jogador dos Huskies. Explosivo e surpreendentemente acrobático para encontrar a cesta, James pode se tornar uma opção sólida para os Warriors no (re)caminho das vitórias.
Uma das estrelas do título de Baylor, Mitchell chega à liga com uma fama bastante consolidada pelo seu poder de defesa. Claramente precisa subir um pouco sua atuação ofensiva, mas pode ser uma interessante adição para Orlando. Sabe conduzir a bola com tranquilidade, muito disciplinado, mas que precisa ficar de olho em seus lances livres para seguir evoluindo.
O irmão de Moritz Wagner é mais um bom jogador versátil dentro das escolhas deste ano. Para os Kings, que vislumbram um crescimento no melhor estilo Hawks, Wagner seria capaz de contribuir com preciosos minutos desde agora. Encaixou quase 39% das bolas de três em seu segundo ano por Michigan. Além disso, atenção à boa taxa de roubos de bola: 1,4 por jogo. É alguém para já entrar de forma suave na rotação.
Giddey é um armador muito alto. E ainda assim apresenta uma visão de jogo única e usando uma palavra da moda, “diferenciada”. O bom australiano chega com certa expectativa na liga por esse conjunto de fatores. Eu tinha projetado que ele fosse para os Pelicans, quando eles tinham a escolha 10 e vou mantê-lo aqui sonhando com um trio de jovens empolgantes somado a Morant e Jackson Jr. Giddey tem muito a trabalhar, mas é possível vê-lo jogando ao lado de Morant se preciso.
Não pode ver um estrangeiro esse time dos Spurs, certo? Apostando nesta tradição, Sengün pode galgar algumas escolhas e aparecer na posição 12. Dominante no cenário europeu, visa a quebrar essa barreira e brilhar desde já na NBA. Treinos fortes com Sacramento, Charlotte e Golden State podem corroborar ainda mais a escolha de San Antonio.
Kispert é um especialista em arremessos, principalmente de três. É daqueles atletas com mentalidade vencedora e que buscam a todo custo auxiliar o time, mesmo que precise se sacrificar para isso. Consegue se virar bem marcando, mas precisa de um pouco mais de velocidade para se adaptar aos velocistas que deve encarar na liga.
Apesar de já ter selecionado um armador/arremessador neste Draft, eu apostaria que os Warriors ainda olhariam com carinho para Duarte. Para o esquema de jogo de Steve Kerr, alguém que deixou a universidade com 42,4% de aproveitamento nas bolas de três é um encaixe muito poderoso. Por incrível que pareça, sua idade pode derrubá-lo: já tem 24 anos.
Moody tem aparecido um pouco mais cedo em outros mocks, mas por enquanto decidi deixá-lo por aqui mesmo. Ele pode ser alguém que Bradley Beal agradeça com a chegada, fornecendo ainda mais opções de poder de fogo para o time da capital. Ou ainda pense comigo: será que Beal irá emplacar mais um ano nos Wizards? É bom trazer Moody para até mesmo já cogitar uma substituição no futuro da franquia. Escolha fácil para Washington.
É preciso lapidar com carinho Johnson. As falhas em seu jogo ofensivo podem afastar um poucos as franquias mais ávidas por resoluções imediatas, mas como já vimos, isso não é o menor problema para o Thunder. Johnson é alguém que ainda é um mistério pois muitos acreditam demais no potencial do atleta de Tennessee, mas colocam dúvidas sobre a capacidade do seu desenvolvimento.
Johnson não está pronto. E carrega consigo o fato de que deixou Duke após apenas 13 jogos no College jogando contra si. Porém é um atleta que tem uma defesa bastante versátil que pode ajudar os Pelicans se tiver a orientação certa. Terá ao lado um alumni dos Blue Devils que pode servir como um mentor. Ou já é cedo para olhar Zion deste jeito? Cartas na mesa.
Williams era seguramente uma escolha mais alta no começo da temporada. Mas isso não quer dizer que sua qualidade foi posta em dúvida. Apenas que outros cresceram mais rápido. Ainda assim, ao trazer Ziaire para o time, o Thunder reforça ainda mais o elenco com jogadores que podem se desenvolver. Sua altura para a posição (2,03m) chama muita atenção.
Se os Knicks queriam um pontuador nato, Thomas é este nome. Com ótimas médias de 23 pontos por jogo, é um dos melhores artilheiros desta seleção. É um dos jogadores com maior confiança nas suas habilidades. Espere que ele ataque bastante a cesta. Porém sua defesa e capacidade de passar a bola são colocadas em dúvida.
Murphy vem crescendo nas casas de apostas, principalmente pela confiança das franquias de que pode se tornar um bom jogador de perímetro. É alguém que pode trazer um bom espaçamento na quadra para o já bem formatado elenco dos Hawks, que procuram dar o próximo passo. Cravou 43% das bolas de três na última temporada do College.
Se conseguiram um pontuador nato na escolha anterior, agora os Knicks atacam o garrafão com força. Atlético, o jogador de Kentucky chega referenciado por ser um bloqueador de elite, além de brigar espaço por espaço nos rebotes. Porém, ainda precisa ficar um pouco mais forte, além de lapidar a defesa como um todo.
Butler é experiente e pode adicionar um pouco mais de valor para o lado ofensivo dos Clippers, que sofrem quando Kawhi Leonard oscila. Mesmo com o futuro incerto de Reggie Jackson, Butler poderia chegar em LA e contribuir de forma imediata. Rápido, sabe conduzir a bola pela quadra, pode ter problemas com a defesa principalmente pelo seu tamanho.
Murray vem de lesão e os Nuggets podem precisar de alguém que lide com a condução já de início. Sendo assim Mann seria um alvo natural para o time. Ele seria um bom duo para Nikola Jokic por sua capacidade de leitura de jogo. Muito habilidoso, sofrerá do mesmo mal de muitos jogadores que chegam na liga: precisa ganhar um pouco mais de massa muscular para poder prosperar.
Apenas uma temporada na NCAA, mas Springer fez barulho com seus 43% de aproveitamento nos arremessos de três pontos. Além disso, mostra bastante intensidade na defesa, mas precisa de tempo para se desenvolver. No meio de tantos craques, será capaz de evoluir se os Nets tiverem paciência.
Os 76ers devem sonhar com Damian Lillard ou Bradley Beal, mas vamos para a realidade aqui: eles precisam de auxílio no perímetro. E para isso, hora de trazer Hyland para liga. O antigo atleta de VCU não tem medo de partir para dentro se precisar pontuar e pode acrescentar um pouco de eletricidade no ataque do time. Mais um que precisará passar algumas horas na academia para se adaptar a força da liga.
Os vice-campeões da NBA podem adicionar um pouco mais de potencial defensivo ao backcourt do time. Além disso, McBride pode arremessar de forma confiável vindo do banco e auxiliaria dos dois lados da quadra. A ver o que o Suns espera deste draft. Qual ponto o time quer colocar mais força. Nesta altura, McBride seria um dos mais talentosos disponíveis.
Grimes é um jogador talentoso que apareceu muito bem durante o último March Madness. Com o bom elenco que Utah tem, ele pode ter o tempo suficiente para se desenvolver e explodir de forma semelhante na liga. O armador é alguém que costuma aparecer em momentos decisivos e isso pode ser ótimo para a franquia.
Do Portal The Playoffs
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