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sábado, 4 de novembro de 2023

Com profecia de Diniz, John Kennedy decide, Fluminense vence o Boca e conquista a Libertadores pela primeira vez

Quem espera sempre alcança. O torcedor do Fluminense sabe disso. Foram 121 anos aguardando a glória eterna. E ela chegou neste dia 4 de novembro de 2023, que passa a ser a maior das datas para a nação tricolor. Venceu o Flu com o verde esperança. Com requintes de sofrimento, na prorrogação. Com Cano fazendo o L, com John Kennedy decidindo, com profecia de Diniz, a equipe das Laranjeiras bateu o Boca Juniors, da Argentina, por 2 a 1, e se sagrou campeão da Libertadores pela primeira vez na história. E o palco não poderia ser outro: o Maracanã. 

O primeiro gol do jogo foi da equipe carioca. Artilheiro da Liberta, Cano marcou o 13º gol dele nesta edição da competição continental e, de quebra, se definiu de forma isolada como o atleta com mais gols pelo Flu na história do torneio. No segundo tempo, o lateral Advíncula empatou para o Boca. O jogo foi para prorrogação, onde o garoto John Kennedy decidiu. Ele saiu do banco de reservas, entrou no segundo tempo e, pouco antes, escutou do técnico Fernando Diniz que seria ele o autor do gol do título. O que aconteceu. 

CINCO LANCES QUE MARCARAM A PARTIDA

> RIVALIDADE NOS PALCOS: durante a cerimônia de abertura da final, dois palcos foram montados no gramado do Maracanã. Em um deles, o cantor de pagode Ferrugem, que é torcedor declarado do Tricolor, puxou algumas músicas do clube carioca, enquanto o grupo de cumbia Yerba Brava embalou a torcida do Boca Juniors. A disputa começou antes mesmo do apito inicial.

> O CHORO DO PIT: conhecido pelo jeito durão, o zagueiro/volante Felipe Melo não conteve as lágrimas durante a execução do hino nacional brasileiro. Ruf ruf só com a bola rolando.

> L DECIDE! Fazendo o L de Lorenzo e Leonella, o gol marcado aos 36 minutos também foi para Germán Cano fazer o L de Libertadores. Artilheiro da competição, o centroavante consolidou de vez o seu espaço de importância na história do Fluminense.

> DEIXARAM CHEGAR: o Fluminense recuou bastante no segundo tempo. Resultado disso? Gol do Boca. Advíncula, em uma jogada manjada, recebeu pela direita, abriu para o meio, ninguém apertou e o lateral peruano acertou um belo chute no canto direito do goleiro Fábio. Minutos antes, o mesmo jogador havia tentado algo parecido, mas acertou a rede pelo lado de fora, em uma finalização no canto esquerdo.

>A PROFECIA DO PROFESSOR DINIZ! Decisivo durante todo mata-mata da Libertadores, John Kennedy foi o autor do gol título do Fluminense. O atacante entrou no segundo tempo e diante de uma profecia do técnico Fernando Diniz que, antes de colocar o jogador em campo, falou que o atleta faria o gol que levaria o Tricolor à Glória Eterna. E o lance para a eternidade aconteceu aos 8 minutos do primeiro tempo extra, quando Diogo Barbosa lançou, Keno ajeitou de cabeça e o Presidente acertou um chute de extrema felicidade na entrada da área. Gol que também rendeu a expulsão do camisa 9, que já tinha cartão amarelo e recebeu o segundo ao comemorar na escadinha de acesso à torcida no Maracanã.

COMO FOI O PRIMEIRO TEMPO?

O primeiro tempo teve o Fluminense saindo na frente com muitos méritos. Ainda que não tenha criado grandes chances de gol, a equipe carioca foi quem ditou o ritmo na etapa inicial. O único momento de perigo do Boca Juniors foi em uma finalização de Merentiel de fora da área que ficou amortecida na defesa do goleiro Fábio, do Tricolor. E o ápice aconteceu aos 36 minutos, quando Keno caiu pelo lado direito, cruzou por baixo e o centroavante Germán Cano bateu de primeira no canto direito de Sérgio Romero. Artilheiro da Libertadores, o argentino 'fez o L' para os filhos Lorenzo e Leonella, mas também de Libertadores. A Glória Eterna que seria alcançada pela primeira fez pelo Flu minutos depois. 

A arbitragem também foi personagem na etapa inicial. Pouco antes do placar ser aberto, o zagueiro Valentini deu uma cabeçada no meia Paulo Henrique Ganso, mas o árbitro colombiano Wilmar Roldán não amarelou o defensor argentino.

E A ETAPA FINAL?

Precisando do resultado, o Boca Juniors voltou para o segundo tempo buscando mais o jogo. E um dos seus trunfos era nas investidas do lateral-direito Luís Advíncula. E deu certo. Na primeira oportunidade criada pelo jogador, a finalização de fora da área, buscando o canto esquerdo, pegou na rede pelo lado de fora. Depois, não teve jeito. E o empate dos xeneizes saiu. Advíncula recebeu pelo setor destro, abriu para o meio, ninguém da parte defensiva do Flu apertou e o peruano encheu o pé no canto esquerdo do goleiro Fábio, que nada pôde fazer. Após o Boca empatar, o jogo voltou a ficar equilibrado, com as duas equipes tendo duas grandes chances de vencerem no tempo normal, já no fim do duelo. No lado do Boca Juniors, o atacante Merentiel encheu o pé de fora da área e levou muito perigo. Mas a grande chance ocorreu no último segundo de jogo, quando o lateral Diogo Barbosa apareceu na cara do gol, sozinho, mas bateu cruzado para fora. Keno entrava livre no meio da pequena área, mas também não alcançou.

A PRORROGAÇÃO

Foram 30 minutos de prorrogação que pareceram quase uma partida inteira. Primeiro com o gol de John Kennedy, aos oito minutos do tempo extra. O atacante, que marcou em todas as fases do mata-mata da Libertadores, entrou durante o segundo tempo com o técnico Fernando Diniz garantindo que seria ele quem faria o gol do título. Fez. Em uma jogada que iniciou com Diogo Barbosa, que havia perdido um gol inacreditável no tempo regulamentar. O lateral lançou Keno, que se sagrou o garçom do jogo e deu a sua segunda assistência, ajeitando de cabeça para o Presidente encher o pé no canto esquerdo de Romero, em um chute de primeira. O camisa 9, no entanto, foi expulso por comemorar o gol com a torcida na escadinha do Maracanã. Ele já tinha um cartão amarelo. 

Atrás do placar, o Boca teve que se expor e foi para cima. E no fim da etapa inicial da prorrogação os argentinos pediram pênaltis por um suposto toque com a mão na bola dentro da área. O jogador, no entanto, tenha sofrido um toque antes e caiu de forma natural. Durante a consulta do árbitro Wilmar Roldán com os responsáveis pela arbitragem de vídeo, Fabra agrediu Nino e foi expulso. O lance contou com a ajuda do VAR, já que o vermelho foi dado após revisão de Roldán ao monitor. Inicialmente, o colombiano tinha advertido o jogador do Boca com cartão amarelo.

No segundo tempo da prorrogação, o Fluminense teve a chance de matar o jogo. Guga apareceu na cara do gol, mas a finalização bateu caprichosamente na trave. Tinha que ser com requintes de crueldade.

Do Portal Terra

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