Na figura de seu presidente, Leonid Kostyuchenko, a FAU fez uma série de exigências. Pediu o afastamento de competidores da Rússia e de Belarus; o banimento das licenças emitidas nos dois países; a recusa de tais nações em serem aceitas como sedes em competições oficiais da FIA; e, por fim, a exclusão das bandeiras e símbolos de qualquer atividade.
Essa é mais uma consequência que a invasão russa gera no universo do esporte a motor. Anteriormente, a Fórmula 1 já havia decidido que não iria correr em Sóchi "sob as circunstâncias atuais", ainda que evitando cancelar de maneira definitiva o GP.
Além disso, no último dia de testes da pré-temporada da F1 em Barcelona, a Haas retirou os patrocínios da Uralkali e as referências e cores da Rússia em seu carro. Vale lembrar que a empresa é de Dmitry Mazepin, pai de Nikita - tal situação coloca em dúvida a permanência do piloto no time e, consequentemente, na categoria.
Nem mesmo o chefe da equipe, Guenther Steiner, conseguiu assegurar a permanência de Mazepin na Haas. Os norte-americanos devem tomar uma decisão definitiva com relação ao patrocínio ainda nessa semana.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia:
Na última segunda-feira (21), o presidente russo Vladimir Putin reconheceu, em decreto, a independência das províncias separatistas de Donetsk e Luhansk. O movimento gerou sanções da União Europeia e dos Estados Unidos ao governo e a empresas do país, aumentando também o medo de um confronto na região.
Na quinta-feira (24), a tensão escalou de vez no leste europeu, já que a Rússia atacou a Ucrânia em um movimento classificado por Kiev como uma "invasão total". Às 5h45 [23h45 de quarta-feira, no horário de Brasília], Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou em um pronunciamento uma "operação militar especial" para "proteger a população do Donbass", uma área de maioria étnica russa no leste ucraniano.
O comando militar russo alega que "armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, bases aéreas e aviação das Forças Armadas da Ucrânia". De acordo com a rede britânica BBC, há relatos de tropas cruzando diversos pontos da fronteira e explosões perto das principais cidades do país ― não só em Donbass, onde grupos separatistas foram reconhecidos pela Rússia.
Na TV, Putin afirmou que a Rússia não planeja uma ocupação da Ucrânia, mas ameaçou com uma resposta "imediata" qualquer um que tente interromper a operação atual. O mandatário russo recomendou que os soldados ucranianos se rendam e voltem para casa. "Do contrário, a própria Ucrânia seria culpada pelo derramamento de sangue", considerou Putin.
Haas lamenta abandono de testes em Barcelona: "Grandes consequências"
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky decretou lei marcial em todo o país, instaurando regime de guerra e convocando grande parte dos reservistas das forças armadas - inclusive impedindo que qualquer homem entre 18 e 60 anos de idade saiam do país nos próximos 30 dias. Nas últimas horas, os relatos são de que as forças russas conseguiram invadir a capital Kiev pela borda norte.
Segundo autoridades ucranianas, o primeiro dia de conflito terminou com a morte de mais de 300 pessoas. É a mais grave crise militar da Europa envolvendo uma potência nuclear e uma das maiores desde a Segunda Guerra Mundial.
Do Portal Terra
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