Com os Celtics apenas um jogo de ser varrido nas finais da Conferência Leste, todos estão procurando os motivos para o time ter se desmantelado no momento mais importante da temporada.
Adrian Wojnarowski, da ESPN americana, fez uma suposição interessante no programa NBA Countdown nesta segunda-feira (22). O jornalista acredita que os Celtics começaram a demonstrar certas fraturas mesmo antes da temporada começar, devido ao jeito como a franquia lidou com o escandalo envolvendo o ex-head coach, Ime Udoka.
Boston decidiu por suspender Udoka por toda a temporada, antes do início do training camp por violar as condutas internas da franquia, o que incluía uma relação inapropiada com uma colega de trabalho. Segundo o jornalista, os jogadores não lidaram muito bem a forma como foi conduzida a demissão do treinador.
“Esse time, esse vestiário, eles nunca superaram a saída de Ime Udoka”, disse Wojnarowski. “Esses jogadores não aceitaram as razões dadas pela franquia por seu desligamento. Eles acharam que foi um exagero. Muitas pessoas de fora da organização também acharam algo desnecessário, era apenas uma questão de RH”.
Após a lavada sofrida no jogo 3 para o Heat, o head coach, Joe Mazzula, confessou que há uma desconexão entre ele e o elenco.
Depois da suspensão de Udoka, os Celtics elevaram o inexperiente técnico interino Mazzula ao cargo de forma integral em fevereiro. Com isso, Udoka ficou livre no mercado e seu nome foi ventilado como candidato a assumir o posto de Steve Nash, no Brooklyn Nets, no começo da temporada, mas acabou acertando sua ida para o Houston Rockets no fim de abril.
“Acho que com esta equipe e conversando com o front office, eles nunca tiveram as respostas, nem mais resposta do que o público estava recebendo sobre isso.”, disse Wojnarowski. “Isso não significa que eles não aceitaram Joe Mazzulla como treinador principal. Mas esse é um time que acreditou muito em Ime Udoka, tinha uma ligação muito forte com ele. Acho que houve algumas turbulências nesta temporada em que muito dessa angústia ressurgiu. Primeiro, quando os Nets quase o contrataram e depois quando os Rockets o fez. Certamente isso foram fatores”.
Após a punição, Wojnarowski disse que membros da NBA leram o relatório que veio da investigação de Udoka e determinaram que “não havia nada que eles achassem que os desqualificasse para trabalhar novamente na liga”.
Em setembro, Shams Charania, do The Athletic, reportou que Udoka teve “um relacionamento íntimo com uma membra da organização”.
“O front office foi levado a creditar por ambas as partes que o relacionamento era consensual”, escreveu Charania. “mas fontes disseram que a mulher recentemente acusou Udoka de fazer comentários indesejados sobre ela – levando a equipe a lançar várias entrevistas internas”.
Wojnarowski também reportou a situação em setembro, dizendo que um escritório de advocacia independente “descobriu que ele usou linguagem grosseira em seu diálogo com uma subordinada antes do início de um relacionamento impróprio no local de trabalho com a mulher, um elemento que influenciou significativamente a gravidade do problema e sua suspensão por um ano”.
A linguagem era supostamente preocupante por causa da dinâmica de poder em jogo, já que Udoka era um superior no local de trabalho.
Diante desse cenário de caos, os Celtics terão a árdua missão de reverter um 3-0, algo nunca feito na história, a partir do jogo 4 contra o Miami Heat na noite desta terça-feira (23) se quiser seguir vivo na disputa do seu 18° Larry O’Brian.
Do Portal The Playoffs
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