O bom rendimento em Minas Gerais atraiu os olhares das equipes do eixo Rio-São Paulo, que passaram a disputar Dario. Com propostas de Santos, Corinthians e Botafogo, o atacante resolveu vestir outra camisa verde: a do Palmeiras, onde fez parte da Academia — considerada uma das maiores gerações de jogadores da equipe alviverde — sendo campeão do torneio Rio-São Paulo de 1965, do Campeonato Paulista de 1966 e do Robertão de 1967, o equivalente ao Campeonato Brasileiro da época.
Dario Alegria também teve a oportunidade de estar em campo nas primeiras partidas de inauguração do estádio do Mineirão, em 7 de setembro de 1965. Na ocasião, ele vestiu a camisa da Seleção Brasileira em um amistoso contra o Uruguai. O time nacional, naquela oportunidade, foi composto interinamente por jogadores do Palmeiras, onde Dario jogava na época. O confronto terminou 3 a 0 para os brasileiros.
Além de América-MG e Palmeiras, Dario Alegria também jogou por Fluminense, Flamengo, Botafogo de Ribeirão Preto, Caldense, Villa Nova, o CEUB (DF), e o Olaria, no Brasil, além do Monterrey, clube do México. Nascido no dia 5 de março de 1944, em Paracatu, o ex-jogador foi morador do bairro Santana e, tinha como primo distante, Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e que foi relator da CPI do Mensalão.
Neto de escravo, e frequentador do quilombo Muriti do Costa na infância, Dario Alegria também se dedicou as causas do movimento negro. Depois de aposentar dos campos, foi presidente do Instituto de Defesa da Cultura Negra Afrodescendente de Paracatu.
Homenagens
Tanto América-MG, como o Palmeiras, se manifestaram nas redes sociais. O clube mineiro lembrou que Dário Alegria foi formado no América na década de 60, e o Palmeiras, em sua postagem, reforça que Dário foi um jogador quilombola que, em vida, defendeu os direitos dos negros.
Do Portal Terra
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