Joel Embiid sofreu com lesão no mês de março e acabou perdendo 20 partida na temporada, o que o afastou de uma provável briga cabeça a cabeça com Jokic até o fim. O pivô camaronês voltou e foi bem em abril e maio, conseguindo voltar ao pódio. Fechando o Top-3, Curry apareceu com seus dois últimos meses da temporada arrasadores e fez uma ótima corrida de recuperação.
Além da minha opinião particular e das estatísticas individuais, levamos em conta os critérios da própria liga para a eleição do jogador mais valioso da temporada, que nem sempre são os mesmos dos fãs.
Confira abaixo a lista final dos principais candidatos ao final da temporada regular.
OBS: as estatísticas abaixo foram registradas até a rodada de 16 de maio de 2021.
1 – Nikola Jokic, Denver Nuggets (ranking anterior: 1)
Se consolidando como jogador de primeira linha na NBA, Jokic teve sua melhor temporada na liga, acumulando suas maiores médias da carreira em minutos (34,8), pontos (26,4), rebotes (10,9), assistências (8,4) e aproveitamento nos lances livres (86,7%), ainda com 56,7% nos arremessos de quadra e 39,3% nas bolas de três. Com esses números, o sérvio junta-se a Russell Westbrook como os únicos top-12 em pontos, rebotes e assistências da temporada. Disputando cabeça a cabeça com Embiid pela ponta da corrida, o pivô dos Nuggets acabou beneficiado pela lesão do camaronês.
Mesmo com a lesão de Jamal Murray, os Nuggets não baixaram o ritmo e se viraram para a manutenção da terceira posição do Oeste muito por conta das atuações de Jokic. Desde 16/04, o pivô tem as médias de 27,9 pontos, 11,1 rebotes e 6,9 assistências, contribuindo para a campanha de 12-4 dos Nuggets.
2 – Joel Embiid, Philadelphia 76ers (ranking anterior: 7)
Favorito ao prêmio na primeira metade da temporada, em um 76ers que dominava o Leste dos dois lados da quadra, Embiid perdeu o mês de março praticamente inteiro e voltou para a briga pelo prêmio em abril, mês em que teve as médias de 27,5 pontos e 9,1 rebotes. Os 51 jogos disputados por Embiid na temporada (20 jogos perdidos) é o menor número entre os jogadores do Top-10 final desta corrida e praticamente o que tira suas chances da primeira posição.
Os 28,5 pontos de média colocam o pivô como quarto cestinha da temporada, sua melhor temporada na liga. Além dos pontos, o camaronês também tem suas melhores marcas da carreira em aproveitamento nos arremessos de quadra (51,3%), bolas de três (37,7%) e lances livres (85,9%).
3 – Stephen Curry, Golden State Warriors (ranking anterior: menção honrosa)
Cestinha da temporada com 32,0 pontos (aos 33 anos, o mais velho a conseguir desde Michael Jordan) em 48,2% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 42,1% nas bolas de três e 91,6% nos lances livres, Curry também teve na atual temporada sua quarta com 300 ou mais bolas de três (foram 337). Fora a temporada como um todo, o armador teve um último mês ainda mais especial, acumulando 36,1 pontos de média desde 16/04. Neste intervalo, Curry teve 12 de 15 partidas com 30 ou mais pontos, contando com uma sequência de sete jogos seguidos.
Além dos fatos citados, Curry coleciona outros números relevantes na atual temporada, como 38 partidas de 30+ pontos (maior número desde MJ), sete jogos de pelo menos dez bolas de três convertidas (maior número da história) e 5,3 bolas de três por jogo (maior número da história).
4 – Giannis Antetokounmpo, Milwaukee Bucks (ranking anterior: 2)
Com as médias de 28,1 pontos (5º), 11,0 rebotes (8º) e 5,9 assistências, Antetokounmpo junta-se a Jokic como os únicos jogadores da temporada com médias de 25+ pontos, 10+ rebotes e 5+ assistências. Essa será a terceira temporada seguida que o grego atinge tais números, igualando as duas anteriores em que se sagrou MVP da temporada.
Com números semelhantes aos das últimas duas temporadas, Antetokounmpo ajudou um reformulado Milwaukee Bucks a brigar de igual para igual com os Nets e 76ers pelo topo do Leste e conduzirá o time na briga pelo título de conferência.
5 – Luka Doncic, Dallas Mavericks (ranking anterior: 5)
Com médias flertando com um triple-double (27,9 pontos, 8,6 assistências e 8,0 rebotes), Doncic lidera a liga em jogos de 30+ pontos, 5+ assistências e 5+ rebotes, com 22, e os Mavericks a uma boa campanha para o quinto lugar do Oeste. O armador esloveno começou a temporada regular devagar e o desempenho de Dallas, principalmente na primeira metade da temporada, esteve um tanto quanto atrelado a isso. Doncic elevou sua produção nas imediações do All-Star break e voltou a patamares mais humanos neste fim. Por essa oscilação e pelo baixo aproveitamento nas bolas de três (35,1%), Doncic não figura em posição mais alta na corrida.
6 – Chris Paul, Phoenix Suns (ranking anterior: menção honrosa)
Chris Paul tem um grande histórico de melhorar todo e qualquer time por onde passa. Com os Suns não foi diferente. Fora dos playoffs desde 2010, a equipe bateu na trave na última temporada e agora simplesmente brigou pelo topo do Oeste com o Utah Jazz. O armador de 35 anos acumula as médias de 16,4 pontos, 8,9 assistências (4º da temporada), 1,4 roubo e somente 2,2 desperdícios, com aproveitamentos muito próximos ao seleto clube do 50/40/90 (49,9% nos arremessos de quadra, 39,5% nas bolas de três e 93,4% nos lances livres), números melhores aos acumulados na temporada anterior pelo Oklahoma City Thunder.
7 – Damian Lillard, Portland Trail Blazers (ranking anterior: 3)
Terceiro cestinha da temporada com 28,9 pontos, atrás de Stephen Curry e Bradley Beal, Lillard perdeu poucos jogos na temporada (somente cinco) e também teve sua segunda melhor marca de assistências da carreira (7,5 por jogo), mantendo os Blazers competitivos ao longo da temporada e levando a renovada equipe ao sexto lugar do Oeste. Números ligeiramente inferiores ao da temporada anterior e uma campanha abaixo das expectativas iniciais dos Blazers afastaram Dame de uma melhor posição.
8 – Julius Randle, New York Knicks (ranking anterior: não ranqueado)
Se Randle é um sério candidato a jogador que mais evoluiu de uma temporada para outra, também tem espaço para estar no Top-10 da corrida para o prêmio de MVP da temporada. O ala-pivô teve, de longe, sua melhor temporada em pontos (24,1), rebotes (10,2), assistências (6,0), aproveitamento nas bolas de três (41,1%) e também nos lances livres (81,1%) e liderou os Knicks de volta aos playoffs depois de oito anos.
9 – Devin Booker, Phoenix Suns (ranking anterior: 10)
Cestinha dos Suns com 25,6 pontos por jogo em 48,4% de aproveitamento nos arremessos de quadra, Booker aproveitou muito bem a chegada de Chris Paul na equipe e, juntos, elevaram o nível de uma equipe que tinha a inicial expectativa de brigar por uma vaga nos playoffs do Oeste, mas que, no fim, terminou em segundo lugar na conferência. Booker sabia que com CP3 teria menos a bola na mão, mas, ainda teria boas situações ofensivas. Isso se traduziu em um time mais eficiente, embora os próprios números de Booker não tenham sido os melhores de sua carreira, ainda que muito bons.
10 – Rudy Gobert, Utah Jazz (ranking anterior: não ranqueado)
Segundo reboteiro da temporada com 13,5 rebotes por partida (melhor marca da carreira) e segundo em tocos com 2,7 por jogo (também melhor marca da carreira), Gobert é forte concorrente ao prêmio de melhor defensor do ano e peça chave, principalmente no lado defensivo, do melhor time do Oeste ao lado de Donovan Mitchell. A décima posição da corrida é sempre a de mais difícil decisão, porém fica como prêmio ao Jazz, time extremamente coletivo, a regularidade do pivô francês.
Menções honrosas (nomes que ficaram na boca do Top-10)
Do Portal The Playoffs
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