Campeã mundial de basquete com a Seleção Brasileira em 1994, Ruth de Souza é mais uma ex-atleta vítima da Covid-19. Ela morreu nesta terça-feira, após ficar quase duas semanas internada em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.
Rutão, como a ex-pivô era conhecida, chegou a ficar com 70% dos pulmões comprometidos quando foi internada, mas estava com a diabetes controlada e com os rins funcionando bem, de acordo com sua família.
Ruth colecionou diversos títulos no decorrer da carreira. Com a Seleção, venceu o Pan de 1991, em Havana, e disputou a Olimpíada de 1992, em Barcelona, antes de se sagrar campeã mundial, dois anos depois. Nos últimos anos ela foi técnica de basquete em sua cidade.
Companheiras de Ruth mantém um grupo de WhatsApp das campeãs mundiais de 1994, onde até hoje, quase 30 anos depois, conversam e se encontram sempre que possível, o que não ocorreu mais desde o início da pandemia.
- Nossa Ruth se foi, que triste. Um super astral, sempre fazendo piada, a gente sorrir. Que pena, perda inestimável. Guerreira, raçuda. Uma mulher de garra mesmo. Que pena. Mas, ela vai deixar muita saudade. Nos próximos encontros, nossa, com certeza vai fazer muita falta para a gente - disse a ex-pivô Dalila.
Para Magic Paula, Ruth fazia a diferença dentro e fora das quadras pela sua capacidade de integrar as pessoas.
- Perdi uma amiga, com uma história de vida de muitos desafios, mais jamais perdeu sua doçura e sempre com seu jeito humilde e eficiente na convivência em grupo. Dia muito triste para mim. Ruth fazia parte da minha família e sempre recebida com carinho, como merecia. Que ela faça esta passagem com muita luz - falou Magic Paula.
Outra a lamentar a notícia foi a campeã mundial Hortencia, que lembrou da agonia vivida nos últimos dias à espera de notícias sobre a amiga.
- Infelizmente recebemos a notícia que nossa grande amiga e companheira, a Ruth, se foi, e uma atleta que nos ajudou muito a ser campeã do mundo. Acompanhamos por todo esse tempo a angústia, angustiadas mesmo com as notícias dos familiares no nosso grupo das campeãs mundiais no WhatsApp. Acompanhamos passo a passo tudo que aconteceu, torcendo de longe para que ela segurasse essa onda. Mas não foi possível. O que temos a fazer é agradecer o que ela fez pelo basquete feminino. E que Deus receba ela de braços abertos. O basquete está triste. E vamos rezar para que ela seja recebida com festa lá no céu - afirmou Hortencia.
Em março, o Brasil havia perdido Soraya Brandão, de 63 anos, pelo mesmo vírus. A ex-atleta disputou o Mundial de 1983, em que o Brasil ficou em quinto, foi bronze no Pan do mesmo ano e ouro no Sul-Americano de 1981.
Do Portal Lance
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