O encanto que o Napoli vem apresentando em seu estádio não serviu de inspiração para a seleção italiana nesta quinta-feira. Buscando resgatar os grandes resultados no cenário mundial após ficar ausente nas duas últimas Copas do Mundo, a atual campeã da Eurocopa largou nas Eliminatórias para 2024 permitindo a vingança da Inglaterra. A reedição da final da edição de 2020, realizada em 2021, terminou com fim de jejum dos ingleses em solo italiano de 62 anos com triunfo por 2 a 1. Harry Kane fez história ao anotar o segundo gol e se transformar no maior artilheiro de sua seleção, com 54.
O resultado ruim confirma a maldição do Estádio San Paolo, atualmente Diego Armando Maradona. Agora são cinco partidas realizadas em Nápoles sem vitória da seleção italiana, com duas derrotas e três empates. O último triunfo na casa do Napoli ocorreu em 1997. O revés ainda acaba com a série positiva diante dos ingleses, que não conseguiam ganhar desde um amistoso em 2012, no qual fizeram 2 a 1 na Suíça.
Algoz na decisão passada ao desperdiçar o pênalti decisivo, o jovem atacante Saka foi escalado desde o começo por Gareth Southgate e mostrou que já superou aquela falha em Wembley, em dia que deixou o campo chorando e até sofreu ameaças da torcida.
Querendo apagar da mente a frustração da final caseira, a Inglaterra começou com tudo e necessitou de somente 13 minutos para abrir o placar. Escanteio cobrado da direita, Kane bateu em cima da zaga e a bola sobrou para Rice mandar às redes. Em etapa toda inglesa, o segundo gol saiu antes do intervalo.
Em novo escanteio cobrado da direita para Kane, o atacante tentou dominar e a bola bateu na mão de Di Lorenzo. O camisa 9 esbravejou muito com o árbitro e após consulta ao VAR, o pênalti foi confirmado. Kane assumiu a cobrança e ampliou no último minuto da primeira etapa. Tirou completamente o goleiro Donnarumma do lance, levando um importante 2 a 0 ao intervalo.
O gol de Kane foi histórico. Agora o centroavante do Tottenham é o maior artilheiro da história do English Team, com 54 bolas nas redes adversárias. Ele estava empatado com Wayne Rooney, agora em segundo com 53. E a vantagem poderia ser maior, não fosse gol feito desperdiçado por Grealish nos acréscimos. O centroavante cruzou para o meia estufar as redes e ele, sozinho, errou o chute. As mãos na cabeça foram de vergonha. Mesmo assim, os ingleses foram aos vestiários radiantes, enquanto os comandados de Roberto Mancini tiveram de ouvir duras vaias.
No começo do segundo tempo, enfim a Itália "desencantou". A equipe voltou mais atrevida e, aos 11 minutos, descontou. Pellegrini achou Retegui livre e o atacante mandou às redes com categoria.
O futebol apático do primeiro tempo não existia mais para os italianos. Disposta a evitar o vexame, a equipe adiantou as linhas e fez uma enorme blitze na entrada da área inglesa. A torcida trocou vaias por apoio e o gol de empate começou a se tornar uma realidade.
Vendo seu time sufocado, Southgate precisou mexer para tentar acordar a equipe. Grealish acabou sacrificado não apenas pelo gol feito perdido, mas pela apresentação abaixo do esperado. A expulsão de Luke Shaw restando 10 minutos se tornou um problema a mais para os visitantes. Mesmo com um a menos, os ingleses conseguiram se segurar e após cinco minutos de acréscimos, fizeram enorme festa por, enfim, bater o gigante rival.
Pelo mesmo Grupo C, a Macedônia fez 2 a 1 sobre Malta e divide o topo da classificação com os ingleses. Última integrante da chave, a Ucrânia folgou na rodada.
Do Portal Terra
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