A ida de Neymar ao PSG começou durante uma conversa para a renovação de contrato de Lucas Moura. Ao menos é essa a versão de Wagner Ribeiro, empresário do hoje jogador do Tottenham na ocasião e que também já foi agente do camisa 10 do clube francês.
Segundo ele, o primeiro papo entre as partes aconteceu em 2016, em Ibiza, mas o negócio acabou não evoluindo, já que Neymar preferiu seguir no Barcelona.
“Sim, é verdade. Eu disse ao Olivier (Létang, diretor de esportes do PSG até junho de 2017) que precisavam de Neymar para completar o time dos sonhos. Olivier já esteve em São Paulo duas vezes. Ele veio ao meu escritório, conheceu o Neymar Pai, visitou o Instituto Neymar...”
“No verão de 2016, nos encontramos em Ibiza com Neymar, seu pai, Nasser (Al Khelaifi, presidente do PSG) e Olivier. Nos encontramos no último andar de um hotel. Nós nos escondemos, ninguém conseguiu tirar foto e conversamos.”
“Nasser fez uma proposta magnífica. Neymar ganhou 11 milhões de euros por ano no Barça. Ele ofereceu-lhe 26 milhões de euros. Eu pedi 40 milhões de euros (R$ 270 milhões na cotação atual)!”, contou o agente, em entrevista ao jornal francês “L’Equipe”.
“Ele respondeu que ia estudar o assunto, que poderia dar-lhe uma parte em forma de rede hoteleira em seu nome - na qual teria direito a uma porcentagem -, que lhe daria um jato privado para viajar entre a Europa e o Brasil, e que ele colocaria seu nome na Torre Eiffel. Foi louco”, complementou o empresário.
No fim, porém, o negócio só seria fechado no ano seguinte, já sem a participação de Ribeiro. “Neymar não queria muito ir, estava feliz no Barcelona. E o pai de Neymar aproveitou para negociar com o Barça a prorrogação do contrato do filho. Ele conseguiu 28 milhões de euros por ano.”
“Foi Pini (Zahavi, empresário) quem conseguiu esta transferência com Antero Henrique (diretor desportivo do PSG de junho de 2017 a junho de 2019) . Mesmo assim, havíamos preparado bem o terreno no ano anterior.”
“Fui eu quem apresentou o Neymar Pai ao Nasser. Mas, mais uma vez, não recebi nada, nem do PSG nem do Neymar. Naquele ano, eu queria que ele assinasse com o Real. Economicamente, não ganhei nada com o Neymar. Não poderia forçar o PSG ou o Barça a me pagar. Alguns dizem que sou um idiota, mas é assim, deixo nas mãos de Deus.”
Do Portal ESPN
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